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O Século Cómico, Nº 1068, cartoons presumivelmente por Stuart de Carvalhais.
Na sua crónica, J. Neutral conta que a grande actriz francesa Sarah Bernhardt viu alguns dos seus pertences apreendidos por um joalheiro a quem supostamente devia dinheiro, e aproveita para contar como ficou desiludido com a artista, da única vez que a viu representar; critica-se que a venda da flor (cujas receitas revertiam a favor dos soldados portugueses) se tenha tornado política, em virtude de a maior parte das vendedoras estar conotada com a monarquia, o que fez com que muitos republicanos recusassem contribuir; a Repartição de Turismo publica o relatório do congresso hoteleiro de 1917, e Chaves de Aguiar escreve “Um problema social (O exercício da medicina)”, em que critica os médicos; para combater a abstenção, sugere o Século Cómico que em vez de irem os eleitores às urnas venham estas a eles; um leitor envia um poema a elogiar o poeta de serviço, Belmiro; e curto poema de Eneas.
“Nomeiem-se cidadãos que vão, de urna na mão, a casa dos votantes e eles, desde que não tenham de dar um passo nem de sofrer o minimo incomodo, decerto se não negarão ao pequenino esforço de deixar cair um papelinho dentro do vaso.
Dir-nos-hão que a lembrança não é nossa, mas de Gervasio Lobato, quando no Comissario de policia apresenta um maduro a propôr em conselho de ministros que se canalisem biges com batatas para casa de cada cidadão. Será, mas tanta gente – principalmente autores dramaticos – tem roubado o pobre Gervasio, que mais um menos um não faz ao caso.”